Hello, good evening! I felt very frustrated all over the day for not gathering the energy needed to make a full tribute to Zeze Gonzaga yesterday night, providing the second album sent by Mr. E. People say here in Brazil that Gonzaga Zeze the night of yesterday, providing the second disc sent by Mr. E.. By the way, there is a saying here in Brazil, a fairly common phrase, called "Há males, que vem para o bem", which something like -- there are problems that comes to the well – defining wrong moments as something capable of creating future benefits. It was exactly what happened, Mr. E. found an awesome Zeze Gonzaga interview at Página da Música, where Zeze Gonzaga talks about her career and this great disc, made available with great enthusiasm. Let’s see.
This is Zeze Gonzaga – Cancao do Amor Distante (1967), for Philips, as explained yesterday, the last album recorded by Zeze Gonzaga before her 23 years retirement from his artistic career, featuring arrangements by Maestro Lyrio Panicalli and Lindolpho Gaya, which is information brought by Mr. E. via Zeze Gonzaga interview at Pagina da Musica. Such as Zeze Gonzaga album with Quinteto de Radames Gnattali, Cancao do Amor Distante is a truly amazing album that you cannot miss. Tracks include:
01 - Sorri (Zé Keti / Élton Medeiros)
02 - Faça-me o Favor (João Leal Brito ''Britinho'' / Fernando César)
03 - Veja Lá (Baden Powell / Luis Fernando Freire)
04 - Mensagem de Esperança (Jacobina / Gabriel Pessanha)
05 - Não Fique Triste Não (Jorge Ben "Jorge Benjor")
06 - Eu Chorei (Edmundo Maciel / Romeo Nunes)
07 - Canção do Amor Distante (Romeo Nunes / João Mello)
08 - Chuva (Durval Ferreira / Pedro Camargo)
09 - Além do Amor (Baden Powell / Vinicius de Moraes)
10 - Depois do Natal (João Donato / João Mello)
11 - Amor de Sofrer (Jacobina / Osmar Navarro)
12 - Mudei Pro Balanço (Catulo de Paula / Fernando Lopes)
Saturday, July 26, 2008
Friday, July 25, 2008
Zeze Gonzaga & Quinteto de Radames Gnattali - Valzinho, Um Doce Veneno (1979) Zeze Gonzaga Tribute
I’m sad to announce the passing of a very important Brazilian singer, Zeze Gonzaga, who died today, 24 July 2008, in the city of Rio de Janeiro. This is Loronix tribute to Zeze Gonzaga, made by one of her most passionate fans, Mr. E., the great collaborator that introduced Zeze Gonzaga to our community.
Mr. E. sent us two albums, the third Zeze Gonzaga LP, Cancao do Amor Distante, recorded in 1967 and Valzinho, Um Doce Veneno, the fourth, recorded in 1979, after a hiatus of 23 years. Mr. E. said she was disappointed with the treatment Philips gave to her fourth album, deciding to terminate the career and open his own business, a school child. Mr. E. also sent a great article written by Aramis Millarch, reviewing Zeze Gonzaga fourth album, a tribute to Valzinho, featuring Quinteto de Radames Gnattali.
This is Zeze Gonzaga – Valzinho, Um Doce Veneno (1979), for MIS, a tribute to Valzinho, a very underrated composer and musician, featuring Radames Gnattali Quinteto, including Ze Menezes, Chiquinho do Acordeon, Vidal and the legendary Luciano Perrone. Herminio de Carvalho is in charge of production, delivering a very nice album that everybody should take it for a listen. Tracks include:
Aramis Millarch writing:
Em janeiro de 1979, Curitiba passou a ter um jardim de infância a menos, mas a música popular recuperou, em termos profissionais, a cantora que é adjetivada como “a voz mais afinada do Brasil”: Zezé Gonzaga. Doze anos após ter deixado a Rádio Nacional e após trabalhar (entre 1966 e 67) como jinglista, Maria José Gonzaga (mineira de Manhuaçu, 03/09/1926) tinha decidido por uma vida tranqüila na capital paranaense, onde inaugurou uma escola. Não pensava mais em voltar a gravar: desgostosa com os aborrecimentos que teve na Philips com seu último LP – Canção do amor distante, que levou dois anos para ser lançado – nada animava Zezé a pensar em música em termos profissionais.
Desde 1951, quando fez o seu primeiro 78 rpm, gravou mais de cem músicas, mas raras vezes teve a oportunidade de escolher o repertório – quase sempre formado por versões das mais indignas. E estes fatos fizeram com que Zezé, apesar de ser classificada como “a cantora dos maestros” – por sua afinação extraordinária, embora nunca tenha tido uma única aula de canto – tivesse optado por uma voluntária renúncia artística. E teria ficado em Curitiba, se Hermínio Bello de Carvalho não a tivesse convencido a entrar novamente num estúdio, para fazer um LP. Para tanto, houve alguns argumentos irrecusáveis: um repertório formado exclusivamente por um dos mais injustiçados (e esquecidos) compositores brasileiros – Valzinho (Norival Carlos Teixeira, carioca do bairro do Irajá, 25/12/1914). E os arranjos e participação do maestro e pianista Radamés Gnatalli e quinteto.
O resultado é que, gravado em apenas três dias em janeiro de 79, Valzinho, um Doce Veneno acabou sendo lançado às vésperas do Carnaval, quando Zezé ainda estava em Curitiba, tratando de encerrar as atividades de sua escola. Trata-se de um disco não apenas absolutamente histórico, por marcar o retorno de uma das mais belas vozes do Brasil, amparada no extraordinário quinteto de Radamés Gnatalli, mas que praticamente vem revelar canções de um compositor que permanecia no mais absoluto anonimato. Pois, se Emilinha Borba e sua irmã Nena Robledo, há mais de quarenta anos, já divulgavam “Doce veneno”, só recentemente esta música chegou a interessar uma cantora como Maria Creuza, que a escolheu para título de seu último LP pela RCA. Cantores como Orlando Silva, Paulinho da Viola e Macalé também gravaram músicas de Valzinho.
Mesmo assim, o que explica que um compositor de tanta inspiração e harmonias tão avançadas, e podendo ser classificado na pré-história da bossa nova, tenha permanecido anônimo por tantos anos? Suas harmonias, difíceis mas belas, eram curtidas por vocalistas sensíveis, mas sua timidez, espírito boêmio e total despreocupação material fizeram com que Valzinho nunca se preocupasse com o registro de suas músicas.
Mas, agora, esse disco vem provar uma série de verdades: Zezé Gonzaga continua a ter uma belíssima voz; Radamés Gnatalli e quinteto formam uma unidade especialíssima, que infelizmente só mesmo em ocasiões como esta pode se reunir; e Valzinho é o exemplo do talento que morreria esquecido se não houvesse garimpeiros como Hermínio Bello de Carvalho.
Aramis Millarch
Track List
01 - Óculos Escuros (Valzinho / Orestes Barbosa)
02 - Imagens (Valzinho / Orestes Barbosa)
03 - Tudo Foi Surpresa (Valzinho / Peterpan)
04 - Três de Setembro (Valzinho / Renato Batista)
05 - Felicidade (Valzinho / Reinaldo Dias Leme)
06 - Amar e Sofrer (Valzinho)
07 - Doce Veneno (Valzinho / Carlos Lentine / Goulart)
08 - Teu Olhar (Garoto / Valzinho) with As Morenas do Barulho
09 - Quando o Amor Vai Embora (Valzinho / Evaldo Ruy)
10 - Fantasia (Valzinho)
11 - Castigo (Valzinho / Manezinho Araújo)
12 - Tormento (Valzinho)
13 - Tempo de Criança (Valzinho / Luis Bittencourt)
14 - Não Convém (Valzinho / Jorge de Castro) with Valzinho - Viver Sem Ninguém (Valzinho / Marcelo Machado) with Valzinho
PS.: I am very tired, almost sleeping. Cancao do Amor Distante will appear tommorow. Thank you.
Mr. E. sent us two albums, the third Zeze Gonzaga LP, Cancao do Amor Distante, recorded in 1967 and Valzinho, Um Doce Veneno, the fourth, recorded in 1979, after a hiatus of 23 years. Mr. E. said she was disappointed with the treatment Philips gave to her fourth album, deciding to terminate the career and open his own business, a school child. Mr. E. also sent a great article written by Aramis Millarch, reviewing Zeze Gonzaga fourth album, a tribute to Valzinho, featuring Quinteto de Radames Gnattali.
This is Zeze Gonzaga – Valzinho, Um Doce Veneno (1979), for MIS, a tribute to Valzinho, a very underrated composer and musician, featuring Radames Gnattali Quinteto, including Ze Menezes, Chiquinho do Acordeon, Vidal and the legendary Luciano Perrone. Herminio de Carvalho is in charge of production, delivering a very nice album that everybody should take it for a listen. Tracks include:
Personnel
Zeze Gonzaga
Radames Gnattali
(piano, arrangements)
Ze Menezes
(guitar)
Luciano Perrone
(drums)
Vidal and Chiquinho do Acordeon
(bass and accordion)
Zeze Gonzaga
Radames Gnattali
(piano, arrangements)
Ze Menezes
(guitar)
Luciano Perrone
(drums)
Vidal and Chiquinho do Acordeon
(bass and accordion)
Aramis Millarch writing:
Em janeiro de 1979, Curitiba passou a ter um jardim de infância a menos, mas a música popular recuperou, em termos profissionais, a cantora que é adjetivada como “a voz mais afinada do Brasil”: Zezé Gonzaga. Doze anos após ter deixado a Rádio Nacional e após trabalhar (entre 1966 e 67) como jinglista, Maria José Gonzaga (mineira de Manhuaçu, 03/09/1926) tinha decidido por uma vida tranqüila na capital paranaense, onde inaugurou uma escola. Não pensava mais em voltar a gravar: desgostosa com os aborrecimentos que teve na Philips com seu último LP – Canção do amor distante, que levou dois anos para ser lançado – nada animava Zezé a pensar em música em termos profissionais.
Desde 1951, quando fez o seu primeiro 78 rpm, gravou mais de cem músicas, mas raras vezes teve a oportunidade de escolher o repertório – quase sempre formado por versões das mais indignas. E estes fatos fizeram com que Zezé, apesar de ser classificada como “a cantora dos maestros” – por sua afinação extraordinária, embora nunca tenha tido uma única aula de canto – tivesse optado por uma voluntária renúncia artística. E teria ficado em Curitiba, se Hermínio Bello de Carvalho não a tivesse convencido a entrar novamente num estúdio, para fazer um LP. Para tanto, houve alguns argumentos irrecusáveis: um repertório formado exclusivamente por um dos mais injustiçados (e esquecidos) compositores brasileiros – Valzinho (Norival Carlos Teixeira, carioca do bairro do Irajá, 25/12/1914). E os arranjos e participação do maestro e pianista Radamés Gnatalli e quinteto.
O resultado é que, gravado em apenas três dias em janeiro de 79, Valzinho, um Doce Veneno acabou sendo lançado às vésperas do Carnaval, quando Zezé ainda estava em Curitiba, tratando de encerrar as atividades de sua escola. Trata-se de um disco não apenas absolutamente histórico, por marcar o retorno de uma das mais belas vozes do Brasil, amparada no extraordinário quinteto de Radamés Gnatalli, mas que praticamente vem revelar canções de um compositor que permanecia no mais absoluto anonimato. Pois, se Emilinha Borba e sua irmã Nena Robledo, há mais de quarenta anos, já divulgavam “Doce veneno”, só recentemente esta música chegou a interessar uma cantora como Maria Creuza, que a escolheu para título de seu último LP pela RCA. Cantores como Orlando Silva, Paulinho da Viola e Macalé também gravaram músicas de Valzinho.
Mesmo assim, o que explica que um compositor de tanta inspiração e harmonias tão avançadas, e podendo ser classificado na pré-história da bossa nova, tenha permanecido anônimo por tantos anos? Suas harmonias, difíceis mas belas, eram curtidas por vocalistas sensíveis, mas sua timidez, espírito boêmio e total despreocupação material fizeram com que Valzinho nunca se preocupasse com o registro de suas músicas.
Mas, agora, esse disco vem provar uma série de verdades: Zezé Gonzaga continua a ter uma belíssima voz; Radamés Gnatalli e quinteto formam uma unidade especialíssima, que infelizmente só mesmo em ocasiões como esta pode se reunir; e Valzinho é o exemplo do talento que morreria esquecido se não houvesse garimpeiros como Hermínio Bello de Carvalho.
Aramis Millarch
Track List
01 - Óculos Escuros (Valzinho / Orestes Barbosa)
02 - Imagens (Valzinho / Orestes Barbosa)
03 - Tudo Foi Surpresa (Valzinho / Peterpan)
04 - Três de Setembro (Valzinho / Renato Batista)
05 - Felicidade (Valzinho / Reinaldo Dias Leme)
06 - Amar e Sofrer (Valzinho)
07 - Doce Veneno (Valzinho / Carlos Lentine / Goulart)
08 - Teu Olhar (Garoto / Valzinho) with As Morenas do Barulho
09 - Quando o Amor Vai Embora (Valzinho / Evaldo Ruy)
10 - Fantasia (Valzinho)
11 - Castigo (Valzinho / Manezinho Araújo)
12 - Tormento (Valzinho)
13 - Tempo de Criança (Valzinho / Luis Bittencourt)
14 - Não Convém (Valzinho / Jorge de Castro) with Valzinho - Viver Sem Ninguém (Valzinho / Marcelo Machado) with Valzinho
PS.: I am very tired, almost sleeping. Cancao do Amor Distante will appear tommorow. Thank you.
Wednesday, July 23, 2008
Lucio Alves - Lucio Alves Interpreta Dolores Duran (1960)
Hello, good evening! Today we will make a required upgrade on a very important Dolores Duran tribute LP recorded by Lucio Alves in 1960. Several tributes were made since Dolores Duran passing in 1959, and I’m sure this one is my favorite. Lucio Alves is backed by a dream team, delivering his unique interpretation and also putting his heart on each tune. If you are new to Dolores Duran or Lucio Alves, this is a perfect start. You cannot miss. Let’s see.
This is Lucio Alves - … Interpreta Dolores Duran (1960), for Odeon, presented here by the 1975 Coronado Odeon reissue. Personnel listing changes on each reissue and I’m presenting here the one I think is the corrected one, informed by the legendary Aramis Millarch liner notes, made available below and also inside the music. Personnel listing features Baden Powell, Luiz Carlos Vinhas, Chiquinho do Acordeon, Ed Lincoln (playing bass), among others. Tracks include:
Aramis Millarch Liner Notes
Quando Aloysio de Oliveira convidou Lúcio Alves para gravar o lp "A Noite de Meu Bem, a grande Dolores Duran (Aliléia Silva da Rocha, 7 de julho de 1930-24 de outubro de 1959) havia falecido há poucas semanas. Lúcio não só doou à mãe de Dolores, dona Josefa Silva da Rocha, a renda que teria direito como intérprete, mas, principalmente, deu de si, a inter¬pretação mais sensível, de maior feeling, à maravilhosa obra de Dolores.
Para Lúcio Ciribelli Alves, mineiro de Cataguazes, do dia 28 de janeiro de 1925, a música de Dolores Duran sempre foi muito especial e significativa. Junto com Dick Farney e Johnny Alf, Lúcio é daquela geração de precursores na reno¬vação de nossa música popular, que só viria eclodir em fins de 1958, com o rótulo de Bossa Nova. Lúcio sempre procurou um etilo moderno de interpretação, já no seu início como pro¬fissional, no distante ano de 1941, quando formou o historica¬mente importante grupo "Os Namorados da Lua". Como com¬positor, com Haroldo Barbosa, criava em 1943, a marcante "De Conversa em Conversa", até hoje, em nossa opinião, uma das músicas mais perfeitas de nosso cancioneiro.
Lúcio foi sempre um cantor Bossa Nova e por isso seu grana amigo e produtor Aloysio de Oliveira tinha toda razão, ao escrever na contracapa do lp “A Noite de Meu Bem", agora, em boa hora reeditado, que "na verdade Lúcio Alves foi um dos grandes iniciadores da nova escola. Entretanto na ocasião não havia ainda receptividade, atmosfera adequada para uma forma de expressão que só mais tarde iria ser descoberta".
Gravado com amor, emoção e razão, as 12 faixas deste elepe permanecerão enquanto houver sensibilidade nas pessoas. À voz personalíssima de Lúcio Alves soma-se ao talento de um grupo de excelentes instrumentistas — pianista Luis Carlos Vinhas, acordeonista Chiquinho, violonista Baden Powell, baterista Juquinha e baixistas Gabriel e Ed Lincoln — na interpretação dos sambas-canções de Dolores, alguns em parceria com seus amigos Ribamar, Edison Borges, Antonio Carlos Jobim e o próprio Lúcio Alves ("Vou Chorar"), que, com emoção, diz as palavras que fazem com que nossos olhos umedeçam, lembrando Dolores, a moça que só queria a paz de criança dormindo.
Pois eu sei que prá sempre
Eu irei te lembrar
E por mais que eu não queira
Vou chorar
Track List
01 - Idéias Erradas (Dolores Duran / Ribamar)
02 - A Noite do Meu Bem (Dolores Duran)
03 - Estrada do Sol (Tom Jobim / Dolores Duran)
04 - Castigo (Dolores Duran)
05 - Noite de Paz (Dolores Duran)
06 - Vou Chorar (Lúcio Alves / Dolores Duran)
07 - Por Causa de Você (Tom Jobim / Dolores Duran)
08 - Fim de Caso (Dolores Duran)
09 - Pela Rua (Ribamar / Dolores Duran)
10 - Quem Sou Eu (Ribamar / Dolores Duran)
11 - Solidão (Dolores Duran)
12 - Canção da Tristeza (Édson Borges / Dolores Duran)
This is Lucio Alves - … Interpreta Dolores Duran (1960), for Odeon, presented here by the 1975 Coronado Odeon reissue. Personnel listing changes on each reissue and I’m presenting here the one I think is the corrected one, informed by the legendary Aramis Millarch liner notes, made available below and also inside the music. Personnel listing features Baden Powell, Luiz Carlos Vinhas, Chiquinho do Acordeon, Ed Lincoln (playing bass), among others. Tracks include:
Personnel
Luiz Carlos Vinhas
(piano)
Chiquinho do Acordeon
(accordion)
Baden Powell
(guitar)
Ed Lincoln, Gabriel
(bass)
Juquinha
(drums)
Luiz Carlos Vinhas
(piano)
Chiquinho do Acordeon
(accordion)
Baden Powell
(guitar)
Ed Lincoln, Gabriel
(bass)
Juquinha
(drums)
Aramis Millarch Liner Notes
Quando Aloysio de Oliveira convidou Lúcio Alves para gravar o lp "A Noite de Meu Bem, a grande Dolores Duran (Aliléia Silva da Rocha, 7 de julho de 1930-24 de outubro de 1959) havia falecido há poucas semanas. Lúcio não só doou à mãe de Dolores, dona Josefa Silva da Rocha, a renda que teria direito como intérprete, mas, principalmente, deu de si, a inter¬pretação mais sensível, de maior feeling, à maravilhosa obra de Dolores.
Para Lúcio Ciribelli Alves, mineiro de Cataguazes, do dia 28 de janeiro de 1925, a música de Dolores Duran sempre foi muito especial e significativa. Junto com Dick Farney e Johnny Alf, Lúcio é daquela geração de precursores na reno¬vação de nossa música popular, que só viria eclodir em fins de 1958, com o rótulo de Bossa Nova. Lúcio sempre procurou um etilo moderno de interpretação, já no seu início como pro¬fissional, no distante ano de 1941, quando formou o historica¬mente importante grupo "Os Namorados da Lua". Como com¬positor, com Haroldo Barbosa, criava em 1943, a marcante "De Conversa em Conversa", até hoje, em nossa opinião, uma das músicas mais perfeitas de nosso cancioneiro.
Lúcio foi sempre um cantor Bossa Nova e por isso seu grana amigo e produtor Aloysio de Oliveira tinha toda razão, ao escrever na contracapa do lp “A Noite de Meu Bem", agora, em boa hora reeditado, que "na verdade Lúcio Alves foi um dos grandes iniciadores da nova escola. Entretanto na ocasião não havia ainda receptividade, atmosfera adequada para uma forma de expressão que só mais tarde iria ser descoberta".
Gravado com amor, emoção e razão, as 12 faixas deste elepe permanecerão enquanto houver sensibilidade nas pessoas. À voz personalíssima de Lúcio Alves soma-se ao talento de um grupo de excelentes instrumentistas — pianista Luis Carlos Vinhas, acordeonista Chiquinho, violonista Baden Powell, baterista Juquinha e baixistas Gabriel e Ed Lincoln — na interpretação dos sambas-canções de Dolores, alguns em parceria com seus amigos Ribamar, Edison Borges, Antonio Carlos Jobim e o próprio Lúcio Alves ("Vou Chorar"), que, com emoção, diz as palavras que fazem com que nossos olhos umedeçam, lembrando Dolores, a moça que só queria a paz de criança dormindo.
Pois eu sei que prá sempre
Eu irei te lembrar
E por mais que eu não queira
Vou chorar
Track List
01 - Idéias Erradas (Dolores Duran / Ribamar)
02 - A Noite do Meu Bem (Dolores Duran)
03 - Estrada do Sol (Tom Jobim / Dolores Duran)
04 - Castigo (Dolores Duran)
05 - Noite de Paz (Dolores Duran)
06 - Vou Chorar (Lúcio Alves / Dolores Duran)
07 - Por Causa de Você (Tom Jobim / Dolores Duran)
08 - Fim de Caso (Dolores Duran)
09 - Pela Rua (Ribamar / Dolores Duran)
10 - Quem Sou Eu (Ribamar / Dolores Duran)
11 - Solidão (Dolores Duran)
12 - Canção da Tristeza (Édson Borges / Dolores Duran)
Sunday, July 20, 2008
Andre Penazzi - Andre Penazzi e Suas Musicas para Dancas (1959)
I spent the last hour working very hard on another amazing post sponsored by Jorge Mello, but in the last minute I found a problem, the transfer was not well done. It happens sometimes. Sleeping started his slow domination and the bed became a really good option. Then I remember this contribution sent by my mother and the messages I received with requests for new Para Dancar albums. Sleeping was cancelled, and I had to take an extra energy to bring this final Saturday post. Let’s see.
This is Andre Penazzi – Andre Penazzi e Suas Musicas para Dancas (1959), for Chantecler, featuring the Brazilian organist with orchestra on this very old and different Andre Penazzi from his Audio Fidelity albums recorded in the sixties. Actually, this is the first time I see Andre Penazzi, an artist that I never could find information about and it is very popular among vinyl collectors, especially outside Brazil. Tracks include:
01 - A Voz do Morro (Zé Keti)
02 - Chega de Saudade (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)
03 - Bom Dia Café (Victor Simon)
04 - Saudade da Bahia (Dorival Caymmi)
05 - Maracangalha (Dorival Caymmi)
06 - Vai Mas Vai Mesmo (Ataulfo Alves)
07 - Canta Brasil (David Nasser / Alcyr Pires Vermelho)
08 - Isto É Brasil (José Maria de Abreu / Luis Peixoto)
09 - Exaltação à Bahia (Vicente Paiva / Chianca de Garcia)
10 - Na Cadência do Samba (Luis Bandeira)
11 - Meu Limão Meu Limoeiro (Tradicional)
12 - Morena Boca de Ouro (Ary Barroso)
This is Andre Penazzi – Andre Penazzi e Suas Musicas para Dancas (1959), for Chantecler, featuring the Brazilian organist with orchestra on this very old and different Andre Penazzi from his Audio Fidelity albums recorded in the sixties. Actually, this is the first time I see Andre Penazzi, an artist that I never could find information about and it is very popular among vinyl collectors, especially outside Brazil. Tracks include:
01 - A Voz do Morro (Zé Keti)
02 - Chega de Saudade (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)
03 - Bom Dia Café (Victor Simon)
04 - Saudade da Bahia (Dorival Caymmi)
05 - Maracangalha (Dorival Caymmi)
06 - Vai Mas Vai Mesmo (Ataulfo Alves)
07 - Canta Brasil (David Nasser / Alcyr Pires Vermelho)
08 - Isto É Brasil (José Maria de Abreu / Luis Peixoto)
09 - Exaltação à Bahia (Vicente Paiva / Chianca de Garcia)
10 - Na Cadência do Samba (Luis Bandeira)
11 - Meu Limão Meu Limoeiro (Tradicional)
12 - Morena Boca de Ouro (Ary Barroso)